quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

PARTÍCULAS QUE PODEM ATRAVESSAR PAREDES
(Sem furar)


A nebulosidade de trajetórias no mundo subatômico pode levar a situações que desafiam o senso comum. Se você tivesse que lançar uma pedra numa janela de verdade, uma das duas coisas pode acontecer. Ou você a lança de vagar e a pedra ricocheteia, ou você a joga com força bastante e a janela se espedaça, fazendo que o dono da casa saia e lhe dê uma lição. Imagine agora que estamos no mundo subatômico, substituindo a pedra por um eletron e a janela por um arranjado de átomos atuando como uma barreira para o eletron. Na maioria das vezes, o eletro se comporta quase como a pedra. Quando ele não é lançado rapidamente, ele simplesmente salta da barreira e volta na direção da qual partiu. Quando ele está cheio de energia, por outro lado, ele atravessa rapidamente a barreira de átomos. Até agora nada fora do comum. Porém quando em quando alguns acontecimentos bizarros, típicos do submundo atômico, viram sua cabeça, e o eletron faz alguma coisa mais incomum. Ele pode voltar, ainda que ele tenha mais energia do que suficiente para atravessar a barreira. Porém o que é ainda mais bizarro é que ele pode miraculosamente aparecer do outro lado da barreira ainda que sua energia não seja muito suficiente para isso. É como se uma rocha lançada suavemente, em vez de ressaltar contra a janela, fizesse sua trajetória através da janela, mesmo sem quebrar a vidraça. O escritor de ficção francês Marcel Aymé, que escreveu um romance acerca de uma personagem que podia atravessar paredes, teria sido motivado a aprender que a mecânica quântica habilita talvez não seres humanos, mas pelo menos elétrons, a fazer esse truque. É como se o eletron cavasse uma espécie de túnel para conseguir passar pela barreira e aparecer do outro lado da mesma. Por isso, os físicos apelidaram o truque mágico precisamente de “efeito túnel.”
O princípio da incerteza de Heisenberg provê uma explicação para o por quê de elétrons que podem passar através de paredes e cruzar barreiras que parecem intransponíveis. Exatamente porque não podemos conhecer simultaneamente a posição e a velocidade de uma partícula subatômica, assim a mecânica quântica faz a energia de uma partícula elementar se tornar nebulosa em qualquer dado tempo. Esta nebulosidade permite que partículas emprestem energia da Natureza, que então faz o papel de um banco como se assim o fosse. É esta energia adicional que permite que as partículas cruzem barreiras. Mas há um preço. Esta energia emprestada não significa que seja para sempre. Quanto maior o empréstimo, tanto mais rápido ele tem que ser reposto. Assim, a partícula tem que agir muito rapidamente, se ela tem de deduzir qualquer beneficio ao emprestar energia. Muitas partículas recebem empréstimos que são insuficientes para cruzar a barreira. Elas simplesmente retrocedem. Entretanto, de tempos em tempos, uma partícula sortuda é a beneficiária de um expressivo empréstimo e faz sua travessia. Não pense que o “efeito túnel” existe somente na livre imaginação dos físicos. Enquanto você se deleita com seu concerto favorito no seu aparelho de som, você deve ser grato ao efeito túnel em fazer sua audição a mais agradável possível. É esse efeito que fazem alguns componentes eletrônicos nos aparelhos dos consumidores.

domingo, 23 de dezembro de 2007

Feliz Natal e um próspero Ano Novo, sob o reinado do Senhor Jesus, o Cristo. Amém.
Glória ao Senhor Jesus.


Disse nosso Senhor Jesus, Cristo: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim.
Portanto, é mentira de todos os que habitam nesta terra que dizem que supostos santos que estão nos céus podem interceder junto a Deus por nós, como quer a Igreja católica, quando diz que a bemaventurada Maria, mãe do Salvador, intercede por nós junto a Deus; porque ela não subiu ao céu, mas dorme com toda a descendência de Abraão. Do mesmo modo se pode dizer de todos os outros “santos” canonizados pela referida Igreja.
Portanto, só existe um mediador entre nós e Deus: Nosso Senhor Jesus Cristo, o Salvador do mundo e Rei do Universo.
Viva, pois, o Senhor Jesus, no Natal, e por toda a eternidade! Amém.
Leopoldino Ferreira.
A televisão digital no Brasil é uma pérola em focinho de porco.
REALIDADE GLOBAL

O mundo quântico parece dotado de uma espécie de qualidade global (também chamado “holismo”) que transcende o tempo. Também parece que transcende o espaço, conforme o seguinte experimento imaginado por Einstein.
Einstein, o mágico da física do século vinte, não estava mais inclinado do que Schrödinger em aceitar que a realidade não é objetiva e que ela não pode existir independentemente de um observador, como Bohr e seus seguidores tinham aceitado. Einstein sentia que a nebulosidade quântica não podia ser inerente a Natureza, mas que ela meramente era o resultado da falta de sofisticação de nossos instrumentos de medida. Um inveterado determinista, ele acreditava firmemente que a realidade era regulada rigidamente por leis causais, e não casualmente pelas leis do acaso e da probabilidade. O mundo tinha que se assemelhar a um circuito de piscina, não um jogo de roleta.
Einstein não gastou muito esforço para procurar uma brecha na teoria quântica. Ele tentou incansavelmente fazer brotar cenários provando que uma interpretação probabilística da realidade subjetiva levava somente a absurdos. Por muito tempo, ele imaginou um número de situações que ele sentia que expunha a fraqueza da mecânica quântica. Porém Bohr sempre manejou rechaçá-las. Colocado em cheque, Einstein eventualmente desistiu de seu intento de provar que a mecânica quântica era falha, concentrando-se em vez disso num objetivo mais modesto para mostrar que ela era incompleta, e falhava em dar uma descrição compreensiva da realidade. Em 1935, ele e seus co-autores Nathan Rose e Boris Podolski criaram a seguinte experiência de pensamento, comumente referida com “experimento EPR” com as iniciais dos seus autores.
Considere, afirmavam eles, uma partícula decaindo espontaneamente em dois grãos de luz denotados por A e B. Devido a simetria, eles devem voar em direções diametralmente opostas. Para verificarmos isso é só desenvolver instrumentos de medida. Se A vai para oeste, detectamos B indo para leste. Até agora, nada parece fora do comum. Mas isso não leva em consideração as peculiaridades da mecânica quântica. Antes de ser detectada, A exibia o comportamento de uma onda, não uma partícula. Mas uma onda não é localizada, e A tem uma probabilidade não nula de ir em qualquer direção. Somente após ela ter sido detectada A se metamorfoseia numa partícula e “aprende” que estava se propagando para oeste. Mas se A não “sabia” antes da hora qual direção tomar antes de ser detectada, como poderia B “antecipar” o comportamento de A e ajustar seu próprio comportamento consequentemente de modo a ser detectada no mesmo momento na direção oposta? Isto não faz nenhum sentido, a não ser que A pudesse comunicar instantaneamente sua direção a B, mas isso violaria a teoria da relatividade, a qual impede que sinais viagem mais rápido do que a velocidade da luz. “Deus não envia sinais telepáticos”, argüia Einstein. Ele descreveu o conceito de comunicação instantânea depreciativamente como “ação fantasma a distância”, e concluiu que a mecânica quântica não fornece uma descrição completa da realidade. De acordo com Einstein, antes de se separar de B, A tinha já de saber qual direção devia tomar e de algum modo partilhar essa informação com B. A tinha uma realidade objetiva que de nenhum modo dependeria do fato de que mais tarde seria registrada pelo detector localizado a oeste. Essa realidade certa e determinista estava meramente “escondida” atrás da aparência da incerteza quântica e indeterminista (os físicos se referem a este ponto de vista como “teoria das variáveis escondidas”, sendo as variáveis em questão a posição e a velocidade de uma partícula).
Infelizmente, Einstein estava errado. O físico francês Alain Aspect da Universidade de Paris conduziu em 1980 uma série de experimentos com pares de fótons a fim de verificar a validade da hipótese EPR. Seus resultados validaram consistentemente a mecânica quântica. Não havia de fato “variáveis escondidas.” As falhas tão procuradas desesperadamente por Einstein na teoria permaneciam faltando claramente.
Se assim é, como se explica o fato de que B sempre parece conhecer instantaneamente o que A está fazendo? Isto constitui um problema somente se insistimos que a realidade é fragmentada e localizada em cada partícula. A dificuldade desaparece se estamos dispostos a aceitar que A e B são parte de uma realidade global. Não há necessidade para A enviar a B sinais que viajam mais rápidos que a luz, porque os dois quanta de luz estão em constante contacto através de alguma interação misteriosa. A realidade quântica despacha qualquer noção de localização. Os conceitos de “aqui” e “lá” se tornam sem sentido, pois “aqui” é idêntico a “lá”. O universo é um imenso sistema de partículas que interagem entre si. A mecânica quântica já tinha conferido um caráter holístico no tempo. Agora ela faz o mesmo com o espaço.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Baixa Estima

BAIXA ESTIMA

Parece que não há povo no mundo que tenha mais baixa estima do que o brasileiro; e o paraense diz “arreda!”. O que é que tem haver o nome Mário Covas com o Pará? É o caso da rodovia que tem esse nome. É mais uma babaquice paraense, ou recalque de subsubdesenvolvido.
Para tirar esse complexo de inferioridade é bom que se dê uma olhada no tal “sul maravilha”.Rigorosamente parece apenas menos pior do que aqui. Em questão de subdesenvolvimento a tecnologia de quase tudo que existe no país é copiada. Temos algum carro genuinamente nacional? Os nomes vão desde Wolkswagem do Brasil, Ford do Brasil, etc. E na aviação? Tivemos um pioneiro, o Santos Dumont, mas tudo que ele realizou foi na França; e atualmente só construímos aviões com tecnologia importada e conhecimento já vencido em outros países desenvolvidos. Nossa indústria farmacêutica? Ah! Quem dera que o Viagra fosse nosso! A empresa dele já faturou bilhões de dólares no mundo inteiro; e, se não fosse a penicilina, descoberta por Fleming, as nossas putas já estariam podres de gonorréia, e a gente sem pênis. E a informática? Abra o seu computador e veja onde foram manufaturadas a placa-mãe com toda sua micro-eletrônica. E a nossa tecnologia espacial? Nem saímos do chão! Lembram-se do desastre da base de Alcântara no supersuperdesenvolvido Maranhão no qual se perderam 21 preciosas vidas de técnicos e cientistas?
Ora, os “sulistas” se gabam que fabricam essas coisas, sobretudo em São Paulo; deveriam fazer um melhor insight e reconhecer que isso tudo vem de fora, onde estão as matrizes de tal suposto desenvolvimento.
Com essa arenga alguém pode perguntar:“Vocês são burros ?” Provavelmente não! A burrice está na ralé de alto e baixo coturno que há muito tempo desgoverna este país, que, a princípio, era carimbado de subdesenvolvido; agora é chamado de “emergente” pelas potências fianceiras-tecnológicas que gerenciam o mundo.
Alguém já disse que uma grande nação se constrói no tripé: educação, saúde, e segurança. A primeira, o Brasil ganhou recentemente, de certo organismo da ONU (que é um fórum de vadios) o lugar 53º, na frente só de uns três miseráveis paises africanos; a segunda, conforme o presidente Lula, “já chegou à perfeição” – sem comentários! – e a terceira, o Brasil deveria ganhar o prêmio Nobel...
Por isso, salve os portugueses que têm uma legítima indústria de vassouras...

Baixa Estima

BAIXA ESTIMA

Parece que não há povo no mundo que tenha mais baixa estima do que o brasileiro; e o paraense diz “arreda!”. O que é que tem haver o nome Mário Covas com o Pará? É o caso da rodovia que tem esse nome. É mais uma babaquice paraense, ou recalque de subsubdesenvolvido.

Para tirar esse complexo de inferioridade é bom que se dê uma olhada no tal “sul maravilha”.Rigorosamente parece apenas menos pior do que aqui. Em questão de subdesenvolvimento a tecnologia de quase tudo que existe no país é copiada. Temos algum carro genuinamente nacional? Os nomes vão desde Wolkswagem do Brasil, Ford do Brasil, etc. E na aviação? Tivemos um pioneiro, o Santos Dumont, mas tudo que ele realizou foi na França; e atualmente só construímos aviões com tecnologia importada e conhecimento já vencido em outros países desenvolvidos. Nossa indústria farmacêutica? Ah! Quem dera que o Viagra fosse nosso! A empresa dele já faturou bilhões de dólares no mundo inteiro; e, se não fosse a penicilina, descoberta por Fleming, as nossas putas já estariam podres de gonorréia, e a gente sem pênis. E a informática? Abra o seu computador e veja onde foram manufaturadas a placa-mãe com toda sua micro-eletrônica. E a nossa tecnologia espacial? Nem saímos do chão! Lembram-se do desastre da base de Alcântara no supersuperdesenvolvido Maranhão no qual se perderam 21 preciosas vidas de técnicos e cientistas?

Ora, os “sulistas” se gabam que fabricam essas coisas, sobretudo em São Paulo; deveriam fazer um melhor insight e reconhecer que isso tudo vem de fora, onde estão as matrizes de tal suposto desenvolvimento.

Com essa arenga alguém pode perguntar:“Vocês são burros ?” Provavelmente não! A burrice está na ralé de alto e baixo coturno que há muito tempo desgoverna este país, que, a princípio, era carimbado de subdesenvolvido; agora é chamado de “emergente” pelas potências fianceiras-tecnológicas que gerenciam o mundo.

Alguém já disse que uma grande nação se constrói no tripé: educação, saúde, e segurança. A primeira, o Brasil ganhou recentemente, de certo organismo da ONU (que é um fórum de vadios) o lugar 53º, na frente só de uns três miseráveis paises africanos; a segunda, conforme o presidente Lula, “já chegou à perfeição” – sem comentários! – e a terceira, o Brasil deveriam o ganhar o prêmio Nobel...

Por isso, salve os portugueses que têm uma legítima indústria de vassouras...

APAGANDO O PASSADO

A mecânica quântica fornece várias outras situações peculiares no nosso mundo ordinário. Uma delas é a habilidade de apagar o passado. Para ver como isso acontece, vamos voltar ao experimento de Young das duas fendas paralelas. Vamos relembrar que, desde que não monitoramos qual fenda um fóton (ou eletron) passa através dela, prevalece um comportamento ondulatório e franjas de interferência aparecem em toda sua glória num anteparo colocado atrás das fendas. Porém a partir do momento que usamos detectores atrás das fendas para espiar os fótons e determinar qual fenda eles atravessam, o comportamento de partícula aparece e as franjas de interferência desaparecem. A mecânica quântica vai ainda além. Ela permite que os fótons esperem até após eles passarem através das fendas antes de decidir qual dos dois aspectos complementares de realidade – onda ou partícula – eles adotarão, mesmo que a lógica ditasse que a decisão deveria ser tomada antes.

Para ver como isto acontece, vamos colocar detectores atrás das fendas para registrar os fótons que passam. Em tal situação, os fótons apresentam seu caráter de partícula e não se formam franjas. Até aqui nada fora do comum Agora suponha que, após os fótons terem passado pelas fendas, nós mudemos nosso intento e decidimos que já não estamos interessados na sua trajetória. Podemos colocar antes da tela (mas atrás das fendas) instrumentos cuja função é apagar a informação da trajetória. Logo que a informação é apagada, as franjas de interferência reaparecem como por mágica. Isto significa que os fótons trocaram seu caráter de partícula em favor de seu caráter ondulatório. Mas o que é realmente notável é que eles fizerem isso depois de atravessarem as fendas, em vez de fazê-lo antes. É como se os fótons soubessem antes da hora, mesmo antes de atravessar as fendas, que a informação ia ser apagada e consequentemente tivessem ajustado seu comportamento. Em outras palavras, a decisão tomada pelos seres humanos de ativar instrumentos para apagar informação pode influenciar a natureza da realidade retroativamente. A realidade quântica assim parece possuir alguma ligação misteriosa com o passado. Mas existe limite para isto. Ainda que as ações de um experimentador ou observador pode ajudar a determinar a natureza da realidade quântica no passado, sob nenhuma circunstância eles podem interferir com a causalidade de eventos passados. Você não pode, por exemplo, usar a mecânica quântica para enviar informação para o passado, impedir seus pais de se encontrar, e, desse modo, evitar seu próprio nascimento.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

O OBSERVADOR CRIA A REALIDADE

(Extraído de Chãos and Harmony, de Trinh Xuan Thuan, professor de Astronomia da University of Virginia-USA)

Em experimentos envolvendo feixes de elétrons que passam através de duas fendas paralelas, não temos nenhuma maneira de dizer em qual das fendas os elétrons passaram. Estamos sempre obrigados a falar em termos de probabilidades, ou, como dizia Einstein, a “jogar dados.” Você pode retorquir que tudo o que se tem a fazer é colocar alguns detectores exatamente atrás de cada fenda para monitorar a passagem dos elétrons. Mas o próprio ato de espiar perturba o sistema de modo que não podemos ter acesso à realidade de como era esta antes de uma observação. Desde que não a observemos, uma partícula subatômica pode estar aqui, acolá, e em toda parte. Ela se reveste de seu caráter ondulatório; as ondas se somam ou se cancelam, e franjas de interferência aparecem sobre a tela que está atrás das fendas. É somente quando tentamos observa-la que a partícula decide estar ou aqui ou ali, que se materializa como uma partícula, e as franjas de interferência desaparecem. Em outras palavras, é se observando que se cria a realidade. Antes da observação, os elétrons se comportam como uma onda e permanecem pura potencialidade. Esta potencialidade se torna realidade somente após a observação. Enquanto para Laplace o mundo era uma máquina bem afinada que se mantinha funcionando por si mesma sem qualquer intervenção divina ou humana, a mecânica quântica reinstalou o observador ao seu status proeminente. De certo modo, o mundo externo é definido pelas questões que indagamos a nós mesmos a respeito dele.
Se o papel do observador é tão importante para cristalizar a realidade no nível subatômico, é também verdade para a vida diária? Os elementos da realidade que percebemos em volta de nós enquanto caminhamos para nossas atividades diárias – um cacho de flores multicoloridas, uma avenida bem arborizada, uma mesa com papéis desordenados – dependem também do observador? Eles não têm uma existência própria? Só vemos a Lua quando olhamos para ela? Uma árvores que cai na floresta não faz nenhum barulho se não tem ninguém para ouvi-lo? Devemos abandonar a objetividade do mundo, a idéia de que ele existe independentemente de nós, se o observamos ou não?
Todas essas perguntas são legítimas, dado o fato de que todas as coisas ordinárias da vida são também feitas de átomos. Se a realidade no mundo subatômico é tão subjetiva, por que ela seria diferente para as pessoas e objetos em volta de nós? Sabemos bem que nosso comportamento está apto a ser afetado por alguém que olha por trás de nós. Agimos de um modo diferente quando estamos sozinhos, e quando alguém está nos observando. Os indígenas modificam seu comportamento de uma maneira súbita a partir do momento em que um antropologista desembarca de uma canoa para estudá-los. Não há dúvida que a observação pode influenciar a psicologia humana. O problema é se ela também pode alterar a realidade da vida diária.
Erwin Schrodinger, que inventou a função de onda que descreve todas as potencialidades de uma partícula elementar – isto é, todos os seus possíveis movimentos e posições – resistiu em aceitar que a realidade não seria independente de qualquer observação. Ele se sentiu tão agitado com as propriedades bizarras da mecânica quântica que certa vez ele vociferou para Bohr: “Eu sinto muito me ter envolvido com teoria quântica.” Para demonstrar que a interpretação probabilística da realidade leva a uma espécie de situação paradoxal, ele imaginou o seguinte cenário. Fechar um gato dentro de uma caixa que contém um frasco de cianeto. Suspenso sobre o frasco está um martelo controlado por uma substância radioativa, que é um material que decai expontaneamente após certo tempo. A partir do momento do primeiro decaimento o martelo baixa e quebra o frasco; o veneno é então liberado e o gato morre. Até agora tudo parece sem contradição. Contudo, as coisas começam a ficar loucas, a partir do momento que tentamos prever o destino do gato. A mecânica quântica nos diz que não podemos saber precisamente quando o primeiro decaimento ocorrerá. Podemos descrever a situação somente em termos de probabilidade. Por exemplo, em uma hora de experimento, existe uma chance de 50 por cento de que o núcleo tenha decaído e que o gato esteja morto. Mas também existe uma chance de 50 por cento de que nada tenha ocorrido e que o gato permanece vivo. Desde que não abramos a porta da caixa para ver o que ocorreu, o melhor que podemos dizer é que o estado do felino é uma combinação de 50 por cento de gato morto e 50 por cento de gato vivo. Isso significa que podemos manufaturar gatos que estão vivos e mortos ao mesmo tempo? Naturalmente que não. No momento em que você abre a porta e olha para dentro, você verá um gato que está ou morto ou vivo, porém certamente não suspenso entre esses dois estados. É como se a Natureza esperasse por um observador antes de decidir entre as duas alternativas. Mas o que acontece dentro quando ninguém está olhando?
Schrodinger imaginou a história do gato para ilustrar como uma interpretação probabilística da mecânica quântica pode conduzir a conclusões estranhas, senão manifesto absurdos. Contudo ele estava realmente se engajando numa batalha perdida, pois a mecânica quântica continuou a fazer um sucesso atrás do outro ao elucidar o comportamento de átomos.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

RESENHAS

Resenha de livros de alguns autores sul-americanos, entre eles o do Prêmio Nobel Gabriel Garcia Marques, e o de Leopoldino dos Santos Ferreira, “Sedução Fatal”. A tradução da resenha deste está em azul.

Burrice crônica versus Roubalheira e Crimes Hediondos

Todos os dias, principalmente nas horas de pico, o trânsito no Entroncamento é uma confusão total com engarrafamento cruzado junto à saída do túnel no sentido de Ananindeua. Só mesmo a falta de visão de conjunto poderia gerar um projeto que parece que saiu da cabeça de engenheiros e/ou arquitetos formados em faculdades de fim de semana que abundam neste país. Junte-se a isso a burrice crônica e hereditária das sucessivas administrações que já passaram por esta bendita terra sem lei. A bem da verdade a atual administração já herdou essa obra como um fato consumado. Ates dessa obra, que consumiu milhões de reais em oito anos, sabe lá por caminhos tortuosos, o trânsito fluía normalmente com pouco engarrafamento.

No dia da inauguração foi prometida a instalação de uma passarela no prazo de 15 dias em frente ao shopping. Só podia ser mentira mesmo! Quando se trata de fazer propaganda do governo, quaisquer que sejam, a grana jorra como um manancial inesgotável para as agências de publicidade que douram a pílula com um monte de realizações fictícias e mostras de pessoas com um ar de educação e felicidade. Exemplo? Na campanha para vacinação de idosos apresentavam uma bela enfermeira bem vestida num ambiente higienizado atendendo velhinhos felizes, saudáveis e bem vestidos. Fui me vacinar em certo posto. A pobre enfermeira, mal humorada, provavelmente com fome – era hora do almoço – apontou a agulha para o meu braço como um arpão, provocando sangramento que manchou minha camisa, pois não havia sequer esparadrapo para cobrir a picada da agulha! E o presidente da República ainda acha que “a saúde chegou à perfeição no país.” Só se for a bordo do AeroLula!

Agora, seguindo a rota da Br-316, chega-se à rodovia que dá acesso à vila do Mosqueiro. Infeliz daquele que apostou ter uma vida melhor ao se instalar ao longo dessa rodovia ou mesmo na Vila, se não tiver um carrinho. É o problema do transporte! A espera de um ônibus chega a ser mais de uma hora, pois as vans e outros meios de transportes passam lotados. Experimentei uma van. Esta já estava quase lotada. Nas sucessivas paradas, mais gente entrando, até que alguns deles sentaram sobre a proteção do motor; outros sentaram no exíguo espaço junto ao pára-brisas, pois não havia mais onde se segurar, e o motorista já tinha dificuldades em passar as marchas. Tive que saltar e esperar mais uma hora para entrar num ônibus também lotado. E as tais autoridades (in)competentes não estão nem aí ....

Enquanto isso alguns PHD’s em roubalheiras deixam o “paraíso” do Senado e fazem tudo que um arrivista pode fazer para se homiziar em Tribunais de Conta. Por que será?

Bem que a Polícia Federal poderia, na sua próxima investida, fazer uma “auditagem” nesses tribunais inúteis que servem, às vezes, de valhacouto para certos mandriões especialistas em politicagem, e, também, nas contas dos Governos com as empresas de publicidade, como já foi feito em passado recente com aquele da briga de galo, amigo do presidente Lula. E o Ministério da (in)Justiça queria criar uma comissão para “estudar” formas de conter os “excessos” da PF, como, por exemplo, algemar bandidões de alto coturno. Ou então vem a Sociedade de Defesa dos Direitos Humanos (SDDH) – dos bandidos – querendo que os policiais os trate com um buquê de flores na mão; enquanto isso as vítimas desses facínoras são ignoradas por essa sociedade espúria. No rastro dessa tal sociedade vem também o famigerado Estatuto da Criança e do Adolescente que age como um cobertor para bandidos mirins de alta periculosidade cuja índole criminosa provavelmente já vem do berço; sugeria aos bacharéis coroinhas e aos filhos da Lua que também cuidem deles com uma chupeta na boca de cada um; enquanto isso eles estendem suas mãos assassinas para tirar a vida de pessoas inocentes como têm acontecido país afora cuja enumeração encheria as páginas de uma enciclopédia.

Leopoldino Ferreira.

E-mail: leopold@amazon.com.br

Veja “Leopoldino dos Santos Ferreira” no Fire-Fox da Googol.

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Realizm brutalistyczny

Artur Domosławski, Brasilia
2005-03-21, ostatnia aktualizacja 2005-03-21 18:47

Już po polsku głośna na całym świecie najnowsza książka Gabriela Garcii Márqueza "Rzecz o mych smutnych dziwkach". Jednak nowa generacja latynoamerykańskich pisarzy zbuntowała się przeciwko swoim mistrzom. Wolą pisać o społecznych dramatach, a nie w stylu realizmu magicznego, który w latach 60. i 70. wykreował modę na literaturę Ameryki Łacińskiej w świecie

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Czasy pseudodemokracji (Tempos de Pseudo-democracia)

Już po polsku głośna na całym świecie najnowsza książka Gabriela Garcii Márqueza "Rzecz o mych smutnych dziwkach". Jednak nowa generacja latynoamerykańskich pisarzy zbuntowała się przeciwko swoim mistrzom. Wolą pisać o społecznych dramatach, a nie w stylu realizmu magicznego, który w latach 60. i 70. wykreował modę na literaturę Ameryki Łacińskiej w świecie

Já para polsku vocal em mundo inteiro o livro mais novo de Gabriela Garcii Márqueza "Coisa sobre mych as mulheres relaxadas tristes." Porém a geração nova de escritores de latynoameryka.skich se revoltou contra os mestres dela. Eles preferem escrever sobre dramas sociais, e não em magia de realizmu de golpe que em anos 60. E 70. Wykreowa. moda na literatura de América Latina em mundo

Mówi "Gazecie" prof. Hermenegildo Bastos, historyk literatury z Uniwersytetu w Brasilii: - Współczesność Ameryki Łacińskiej jest silnie naznaczona przez to, co archaiczne, zacofane i zupełnie niewspółczesne. Dzisiejsza literatura regionu odzwierciedla szok, jaki wywołuje obecność w naszej rzeczywistości zjawisk rodem z XVII w., takich jak np. istniejąca w Brazylii półniewolnicza praca. Opisywanie tego rodzaju zjawisk społecznych poprzez fantazję realizmu magicznego jest po prostu niemożliwe.

Fala 'Para jornal" professor Hermenegildo Bastos, o historiador de literatura de Universidade em Brasilii: - O contemporaneidade de América Latina é factorials marcado assim, o que arcaico, para trás e completamente uncontemporary. O a literatura de hoje de região reflete choque nervoso que grampeia presença em nossa realidade de ocorrências agüentado em XVII w., como por exemplo existente no Brasil trabalho de pó.niewolnicza. Descrevendo daquele tipo de ocorrências sociais por magia de realizmu caprichosa é meramente impossível.

Koszmar faveli (Faveli de pesadelo)

Nowa generacja pisarzy chce opisywać właśnie trapiące kontynent społeczne dramaty. Paulo Lins, wybitny brazylijski pisarz nowej generacji, rozsławiony na świecie dzięki filmowi opartemu na jego książce "Miasto Boga", mówi otwarcie, że ta powieść "stawia pod znakiem zapytania brazylijską politykę wewnętrzną, gdyż to za jej sprawą pojawiły się favele i związany z nimi koszmar".

A geração nova de desejos de escritores para descrever continente atormentador precisamente dramas sociais. Paulo Lins, o escritor de brazilian excelente de geração nova cobriu com glória no mundo graças a filme apoiado no livro dele 'A cidade de Deus", fala abertura que isto puxa "põe debaixo de sinal pergunta brazilian política interna, como isso depois que o caso dela se aparecesse favele e relacionado a eles pesadelo."

- Jeżeli w Brazylii - mówi Lins - ludzie nadal skarżą się na głód, przestępczość, skorumpowanych policjantów, analfabetyzm, jest to efekt dotychczas prowadzonej polityki. Wystarczy uświadomić sobie, że nasz kraj przecierpiał 300 lat kolonizacji i 400 lat niewolnictwa, do tego sto lat dominacji Stanów Zjednoczonych i dwie dyktatury.

Se no Brasil - fala Lins - as pessoas como adiante reclame em escassez, criminalidade, policial venais, ignorância, são agora esta gaveta de efeito de política administrada. Bastará se informa que nosso país sofreu 300 anos de colonizações e 400 anos de escravidão, também cem anos da dominação de estados Unidos e duas ditaduras.

Czasy pseudodemokracji (Tempos de Pseudo-democracia)

Do czterdziestolatków dołączają starsi pisarze. Leopoldino dos Santos Ferreira, literat starszego pokolenia, który dopiero w wieku emerytalnym debiutuje teraz jako powieściopisarz, opowiada historię Cleyde, domowej sprzątaczki, która stacza się na ulicę, gdzie oddaje się za parę groszy, wplątuje się w handel narkotykami. Ferreira przyznaje, że jego powieść stanowi z założenia zaangażowaną krytykę społeczną, obnaża dyskryminację biednych, ludzi bez szans i perspektyw.

Para czterdziestolatków junte os escritores mais velhos. Leopoldino dos Santos Ferreira, escritor de geração mais velha que após a sua aposentadoria estréia agora como novelista, conta história de Cleyde, uma empregada doméstica que se prostitui em uma avenida, e envolve-se em comércio de narcóticos. Ferreira admite que o seu retrato das classes dominantes incentiva a crítica social, despe a discriminação dos pobres, pessoas sem chances e perspectivas.

- Żyjemy w świecie pseudodemokracji - mówi Ferreira - w którym kupuje się kongresmanów, w którym korupcja trawi wszystkie warstwy społeczne. Jeśli chodzi o społeczny rozwój i wiele praktyk, znajdujemy się w wieku XVIII. Dyskryminacja, jaka spotyka Cleyde, jest wynikiem jej niskiej pozycji społecznej. Przegrywa nie dlatego, że jej osobowość jest "wybrakowana", ale dlatego, że nie ma "broni" do walki we współczesnym świecie - wiedzy, dostępu do edukacji, żadnej szansy wybicia się w okrutnie konkurencyjnym i dyskryminującym biednych społeczeństwie urządzonym przez bogatych. Przegrywa nie dlatego, że jej osobowość jest "wybrakowana", ale dlatego, że nie ma "broni" do walki we współczesnym świecie - wiedzy, dostępu do edukacji, żadnej szansy wybicia się w okrutnie konkurencyjnym i dyskryminującym biednych społeczeństwie urządzonym przez bogatych.

- Nós vivemos em uma pseudo-democracia - diz Ferreira - na qual a compra de parlamentares e a corrupção digerem todas as camadas sociais. Sobre desenvolvimento social e muitos que o practicam, pode-se encontrar a cobertura em XVIII. A discriminação que conhece Cleyde, é o resultado de sua baixa posição social. Consequentemente, sua individualidade é rejeitada como “defeituosa", portanto, contra isso não tem "armas" para lutar no mundo contemporâneo - conhecimento, oportunidades para educação, nenhuma chances de sai de uma comunidade cruelmente pobre, competitiva e distitiva, organizada por ricos.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

o fim da mentira

Belém, 14/12/2007

O fim da mentira

Foi a famigerada CPMF, o tal imposto do cheque. Ela foi instituída no governo tucano por iniciativa do então Ministro da Saúde, o médico-cientista Adib Jatene. Ingenuamente ele acreditou que esse imposto fosse beneficiar somente o setor da saúde; mas logo se viu o governo usando-o para outros fins, de modo que ao passar dos anos ele foi se diluindo em vários outros programas que nada tinham a ver com a saúde; somente um pequeno percentual era usado na saúde.

Na prática o que se viu e o que se vê é a miséria do atendimento público nos postos e hospitais gerenciados pelo governo federal, estadual e municipal: pessoas atendidas nos corredores dos hospitais, sem cama para dormir; os médicos fazendo cirurgias de emergência em condições precárias de higiene; outras que morriam e ainda morrem nas portas desses estabelecimentos, vindas de outras unidades de saúde por falta de leitos, médicos, enfermeiras e medicamentos; alguns foram flagrados pelas câmaras dos repórteres nos estertores da morte como foi o caso registrado aqui em Belém num posto médico do município no bairro da Marambaia. Este paciente morria de infarto totalmente desamparado, ante a impotência dos que o observavam. Diariamente a mídia de todo o Brasil registra casos similares nas principais capitais do país. Para onde então vai aquela parcela de dinheiro da CPMF?

A administração desse setor alega que a verba mal dá para pagar as centenas de servidores que incluem principalmente os médicos e os enfermeiros; que mal dá para a manutenção dos equipamentos médicos e toda a infraestrutura hospitalar necessária, incluindo os serviços imprescindíveis de limpeza, coleta e destinação do lixo hospitalar que já é um problema grave de saúde; denúncias nos jornais já mostraram partes de membros de corpos humanos encontrados em lixões domésticos.

Se toda a verba arrecadada da CPMF fosse para manter o setor de saúde, provavelmente esse quadro dantesco de miséria humana, que se compara aos países mais subdesenvolvidos da África, teria sofrido uma sensível melhora ao longo desses anos. Mas o que viu foi o desvio de grande parte da arrecadação para ser usada em outros programas... E, não é pouco! Segundo o próprio governo chega a 40bi de reais. Então, descaradamente, ele mesmo – o governo – admitiu que essa verba é usada para os seus programas sociais e outros...Nas derradeiras negociações com os senadores da oposição o presidente Lula chegou a se comprometer por escrito que toda essa verba arrecadada seria usada para a Saúde Pública.

Mas gato escaldado da água fria tem medo. Já não é de hoje que este governo e outros não cumprem suas promessas com seus pares e com a população em geral. Nesse mesmo imbróglio da CPMF o governo se comprometeu com os senadores a enviar ao Congresso um projeto de reforma tributária. Segundo os jornais, não enviou porque não quis. Lembram-se do José Serra? Ao assumir a prefeitura de São Paulo escreveu que cumpriria o mandato até o fim. Cumpriu?

Já o governo Lula é inconfiável desde o berço. É só remontar ao passado recente e ver os inúmeros escândalos que pipocavam desde a sala contígua de seu gabinete até o submundo de seus auxiliares mais indiretos. Para piorar temos uma Justiça que só tem um olho vendado. A impunidade mais recente vem da prisão pela Polícia Federal (PF) de cerca de outros quarenta ladrões do dinheiro público – cerca de 200mi, segundo a mídia – que já estão quase todos soltos por liminares dos tribunais superiores, enquanto que um ladrão de galinhas permaneceu 33dias preso no mesmo período do roubo milionário. E a quadrilha dos quarenta mensaleiros apontados pelo Procurador Geral da República Antonio Fernando de Souza? O Supremo Tribunal Federal (STF) declarou-os réus. Parece que se esqueceram deles! Ou estão esperando que o crime prescreva? E os
bandidões Sanguessugas, os Vampiros da Saúde Pública, os Gautamas, e outros bandidões endinheirados da Sudam, Sudene, Prefeitura, e Fórum Trabalhista de São Paulo, etc.? São tantos que dão numa enciclopédia britânica! E o escroque internacional Cacciola que faturou 1,2 bilhâo e se mandou para a Itália por benevolência de um ministro do STF? A justiça italiana o colocou atrás das grades; parece que o nosso ministro da Justiça foi visitá-lo...

E, com tudo isso, o povão os reelege.

Leopoldino Ferreira

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sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Anti-Segredo

A onda agora é a “lei da atração.” Ela já se espalhou pelo mundo inteiro e, segundo sua autora, pode transformar logo a terra num paraíso; ver-se-ão pobres-diabos que não podiam comprar sequer uma bicicleta andarem em reluzentes Ferraris ou mornado em mansões de milhões de reais. Diz ela: agarre-se a sua idéia; imagine-se segurando o volante do carro dos seus sonhos como se já o tivesse e dentro de dois meses seus vizinhos estarão morrendo de inveja vendo-o desfilar num Rolls-Royce; pode ser também um boeing semelhante ao do presidente Lula; aliás ele embora não goste de ler os seus áulicos já devem tê-lo avisado que ele pode perder a próxima eleição pois seus pobres da bolsa-família o mandarão às favas, pois na altura de 2010 já estarão poderes de rico. E a oposição que não perde parada já está torcendo que isso aconteça; para isso vai distribui aos pobres milhões de exemplares daquela obra para trazer de volta o empavonado FHC e sua turma. Nessas alturas do campeonato ele já está escrevendo seu último livro fortalecendo a lei da atração aos seus leitores; se der errado ele pode outra ver dizer “Ah, esqueçam o que eu escrevi.”

Segundo algumas pessoas esse segredo é uma nova bíblia. Parece que já organizam congressos e cursos para debater os processos envolvidos na atuação do pensamento a longa distância, sendo o pensamento positivo o estado que provoca a lei da atração para o que der e vier. Naturalmente uma maravilha da nova ciência moderna que vem desafiar a leis fundamentais do universo ao se introduzir uma nova lei que agora vem de vez resolver todos os problemas sociológicos que a humanidade enfrenta há milênios.

Não há mais dúvida que essa lei funciona mesmo; é só observar a imensa fortuna que a descobridora da lei já conseguiu; ela mesma declara que já tem uma mansão de quatro milhões e meio de dólares ao aplicar a si mesma essa lei que os antigos já conheciam; provavelmente à custa dos milhões de livros vendidos no mundo inteiro para milhões de pessoas que, com certeza, já têm também suas mansões e suas limousines; basta pegar uma cédula de um real e acrescentar mais zeros a direita que logo em dois meses o dinheiro estará chovendo em sua conta bancária. Te cuida Bill Gates! Logo mais teus vizinhos estarão zombando de tua pobreza. O presidente Bush não terá mais oportunidade de levar sua democracia a outros paises para fazer a festa dos banqueiros; os famintos da África zombarão das migalhas que o presidente Lula lhes manda; e a reserva petrolífera de Tupi ficará reduzida a um copo de óleo, pois a lei da atração terá levado tudo para a Venezuela pelo tremendo poder do pensamento de Hugo Chávez.

E não fica por aí. Os doentes não precisarão ir mais aos hospitais para fazer um eletroencefalograma; o pensamento positivo projetará na tela do computador do médico ás débeis correntes cerebrais;.a despeito dessas fracas correntes cerebrais, cada pessoa abrigará no cérebro uma BBC de Londres, pois o pensamento positivo agirá como um superamplificador de corrente. Assim, as ondas eletromagnéticas emitidas pelas estações de rádio e TV serão desnecessárias E, pra que celular? As multinacionais da refinada eletrônica e da mídia irão à falência. E tudo o mais se reduzirá à nova lei da atração, deixando Newton e Einstein como meros aprendizes.

E o corruptos folgarão...